Estamos no Rio Tavares, em Florianópolis (SC), e seria impossível não dar um rolê de skate com a galera deste bairro, que é muito bem servido de ondas e pistas.
Sempre vi uma relação entre os dois esportes e me inspirei em fazer pranchas pequenas, que permitissem manobras semelhantes ao skate, mas ainda reservassem uma boa flutuação para remada e sustentação. No fim, elas acabaram ficando parecidas com um shape de skate, larguinhas, mas sem exagero, com outline paralelo e pouco rocker (para ganhar velocidade).
A primeira foi a SK8, que fiz para o campeão mundial Pedro Barros e ele acertou altos aéreos com ela. A segunda foi a SK9, na qual alarguei mais a rabeta e o bico, me aproximando mais do skate. Ficou super radical, mas perdeu um pouco a batida. Na sequência veio a SK10, onde alarguei a rabeta e estreitei um pouco o bico. Ela tornou-se a minha “maroleira” oficial.
Foi uma verdadeira jornada desenhando e testando pranchas pequenas, dando aéreos e giros, mas, com esse tipo de prancha, é comum perder um pouco de verticalidade na batida – e isso de fato aconteceu. Por isso veio o desafio de desenhar uma prancha da “Família Skate” que proporcionasse uma batida reta na parte vertical da onda, sem perder a velocidade e os aéreos.
A partir da SK10, que tem um rabetão square, desenhei um wing round, reduzindo significativamente o tamanho da rabeta e proporcionando a verticalidade desejada. Deu certo, a SK11 corre e voa como a SK10, mas bate reto no cavado, como vocês podem conferir nos testes do clipe acima.
Para saber mais sobre os modelos da Família Skate, acesse o site da Powerlight ou o canal da marca no YouTube.
Foto de capa Everton Luis