As histórias de vida dos surfistas argentinos Georgina Melatini e Pablo Martínez são comoventes. Ambos conquistaram vários campeonatos e são considerados entre alguns dos melhores do mundo – Georgina conquistou medalha de bronze no mundial de ParaSurf de 2020.
Natural de Santa Clara del Mar, Georgina nasceu com mielomeningocele, um tipo de patologia da coluna vertebral – espinha bífida. A cadeira de rodas faz parte dos seus dias, até que a levam para o mar e deitam-na em sua prancha para desfrutar do paraíso.
Com muito apoio, realizou um dos seus sonhos: criar a primeira escola municipal de surfe adaptado do país, em Mar Chiquita. Lá, ele dá aulas e conversa com pessoas com todo tipo de deficiência ou patologias neurológicas.
Pablo Martínez nasceu em Mar del Plata e é cego desde os 5 anos devido à neurite óptica. Mas isso não o impede o primeiro surfista cego do país de ser bicampeão sul-americano em 2018 e 2019. Ele também estudou cinesiologia, atualmente mergulha na filosofia e trabalha como treinador.
Mariana Wenger, diretora do filme Surfeando el Cielo, diz que o filme surgiu de uma conversa com Marisa Brida, psicóloga e treinadora dos protagonistas do filme. Segundo ela, Surfeando el cielo é um filme que fala sobre a resiliência que algumas pessoas especiais como Georgina e Pablo têm e que, apesar das dificuldades, conseguem corajosa e tenazmente entrar no mar e surfar.
Fonte Rugido Sagrado