Uma sequência de ciclones gerou boas ondas no início do mês de abril. Parte dessa energia veio da região das Malvinas com a passagem de ciclone extratropicais. Os ciclones de latitudes médias, sendo um ciclone bomba, foram resultado de vórtices de ar frio que ultrapassam os Andes gerando instabilidade baroclínica na região do Rio da Prata.
A baixa pressão às vezes não é tão perceptível, mas então, ao chegar próximo do oceano, encontra a zona de Convergência Brasil Malvinas. Onde também ocorrem processos de interação entre duas massas de água, a fria e “fresca” das Malvinas (baixa salinidade), e outra quente e salgada, a corrente do Brasil (Laboratório de Estudos Oceano e Atmosfera do INPE).
É principalmente nessa região que há a formação de ciclones bombas, na passagem das massas de ar frio no continente sul-americano intensificando o cavado. Enquanto a baixa pressão encontra o vapor quente da corrente do Brasil (corrente de deriva oeste) ao entrar no Oceano Atlântico Sul.
A corrente do Brasil e os ventos pré-frontais de NE impulsionam as águas quentes em direção ao sul e de encontro a água da Malvinas, que sobem na direção do Rio da Prata. O que vemos no outono são as tempestades geradas por esse gradiente de temperatura, e processos de interação oceano atmosfera que iremos ver mais além. Por isso ficamos por aqui, e vamos direto para a previsão da semana.
As baixas pressões (figura) estão mais restritas ao extremo sul e com isso as ondulações geradas mais distantes da costa sul e sudeste, com período longo terão domínio na semana. A situação não é diferente no Pacífico, onde o domínio do Alta inibe os vórtices. Uma formação de ZCAS momentânea no Sudeste (Bahia e Espírito Santo) com a “possibilidade” de formação de ciclone na região sudeste na quinta-feira.
As ondas nesta quarta feira terão altura de 1,5 com período mais longo, acima de 12 segundos, e a altura baixa para 1,0 na quinta. Sobe novamente para 2,0-2,5 na sexta-feira, provavelmente ao longo do dia e fim de tarde na região sudeste.
Isso se deve a um ciclone transitando ao Sul do Rio da Prata que se junta a um novo ciclone na altura do Uruguai. Porém, o ciclone principal estará mais para o sul do Atlântico, gerando ondas de S e posteriormente de SE.
Essa condição baixa para 1,5 m, mas se mantém durante quase toda semana com ventos fracos e moderados na região sul e sudeste recebendo ondulações perfeitas, até terça feira.
Na região Nordeste teremos alguma instabilidade devido a presença da ZCAS entre a Bahia e Espírito Santo.
Na região Norte, a ITCZ já começa a atuar no oceano, favorecendo a formação de ondas de 1 metro de N-NE em toda a costa, mas o Pará parece receber uma condição melhor de ondas geradas na Ilhas da Madeira e Las Palmas.
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