Previsão das Ondas

Saquarema tem cenário promissor

Ondulação limpa de sul deve encaixar no sábado e domingo durante campeonato na praia de Itaúna, Saquarema (RJ).

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Ciclone de segunda-feira afastado da costa e outro ciclone nas Ilhas Malvinas, com um vórtice de ar frio passando pela Cordilheira dos Andes.

Ciclone gera ondas boas nesta terça e quarta de sudeste, mas quarta já aparece outro ciclone com frente fria no sul, que abre para o oceano gerando outra ondulação de sul rodando para sudeste, uma sequência de ondas boas para o campeonato em Saquarema.

A ondulação se mantém na direção de sudeste nesta terça-feira, boa e com tamanho 1-1,5 de altura significativa nas regiões sudeste e nordeste, no Sul um pouco menor 0,5-1 m de sudeste/leste.

Na região Norte, a ondulação de norte chega na quarta-feira com período de 15 segundos e 1,5-1 metro de altura significativa.

Na quarta-feira, outro ciclone vai passar na região das Malvinas e todo o sistema frontal vai se intensificar com a entrada de um vórtice de ar frio vindo do Oceano Pacífico.

Esta semana teremos chuva a partir de quarta-feira, com a passagem de uma frente fria no Rio Grande do Sul, que sobe para Santa Catariana na quinta e chega ao Rio de Janeiro na sexta.

A nova ondulação acompanha a passagem da frente fria e assim a ondulação de sul chega na sexta ao Rio de Janeiro. Previsão de virar para sudeste e diminuir para 1,5 metro no sábado, com vento favorável, das melhores condições no sábado e domingo.

Previsão das Ondas

Região Sul: As ondas ficam acima de 1,5 metro todo o fim de semana, porém o vento maral deve atrapalhar o surfe nas praias de Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, a previsão é de sol e vento maral moderado a fraco.

Região Sudeste: A ondulação de sudeste/leste com 1,5 metro diminui para 1 metro e perde força até sexta.

A ondulação de sul entra sexta-feira com a chegada da frente fria. Vira para sul/sudeste no sábado, depois que o ciclone rodar próximo das Ilhas Georgia e Sanduiche do Sul; e roda para sudeste até domingo.

Sábado e domingo as ondas de Saquarema vão quebrar muito boas, para não dizer excelentes, pois a ondulação de sul virá da região sul do Rio da Prata, o que promete ser uma ondulação limpa e com pouca influência de vento, diferente dessa última que teve ventos forte locais. Além de Saquarema, devem quebrar boas em Arraial do Cabo, Itacoatiara, Arpoador, Prainha, São Conrado, Leme e Barra da Tijuca. Recreio na sexta, assim como Macumba.

A costa de São Paulo vai quebrar com excelentes ondas neste fim de semana, pois a ondulação vai virar rápido para sudeste e vai entrar bem encaixada, com pouco vento e também pouca corrente. Região de Ubatuba e Guarujá devem quebrar bem.

O litoral do Espírito Santo também recebe esta ondulação a partir de sábado, indicando que provavelmente teremos um clássico capixaba no fim de semana, com excelentes ondas e pouco vento. Regência, que vem quebrando altas desde que essa nova condição de ciclones se estabeleceu no Atlântico Sul, vai quebrar novamente.

Região Nordeste: As ondas de leste/sudeste estão ligadas até quinta-feira. A nova ondulação de sudeste chega quando a outra diminui, provavelmente no sábado, fim de tarde.

Cabedelo (PB), Baia Formosa (RN), Praia do Francês (AL) e o litoral do Pernambuco com boas ondas toda a semana, já que a alta tropical subtropical mantém a condição de ondulação de leste/sudeste.

Entretanto, a costa do Nordeste tem sido agraciada pelo El Niño com excelentes ondas, principalmente nas bancadas mais rasas. Porém, o vento leste, tem sido uma constante também, por isso o horário da manhã é a melhor pedida.

Região Norte: Quarta-feira chega a ondulação de norte com período de 15 segundos e 1-1,5 de altura, vento fraco previsto, mas na quinta a ondulação começa a diminuir.

A ZCIT (Zona de Convergência Intertropical) mergulha na direção da Costa Norte do Brasil, e assim criou uma pista de geração de uma tempestade tropical.

Heitor Tozzi
Oceanógrafo e Mestre em Estudos Costeiros, trabalha com morfodinâmica de praias e impacto de tempestades na costa desde 1991, quando fez parte do 1º grupo de Sentinelas do Mar (Watching Waves in Brazil). Como pesquisador já embarcou em navios de Norte a Sul do Brasil, Golfo do México, Angola e Indonésia. Velejador e surfista nas horas vagas, atualmente é pesquisador do doutorado em Meteorologia no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), onde estuda os processos de Interação Oceano-Atmosfera para geração dos Ciclones.