Temos uma forte influência da alta subtropical, que está dificultando o deslocamento das frente frias para o Norte, concentrado a frente quente na região sul do Brasil. Na terça-feira tivemos a formação de um ciclone na região sul devido à forte instabilidade entre a Alta Tropical e a Alta Polar.
O mapa da NASA apresentado dia 04/09, mostra que tivemos o mês de junho mais quente da história, deste 1880. O que é bastante grave para as previsões do Painel Intergovernamental ara Mudanças Climáticas (IPCC).
Isso já ocorreu no passado, porém a questão é o volume de gases CO2 e Metano que a civilização humana adiciona na equação climática! Praticamente o dobro da taxa normal, mesmo que o aumento de temperatura tenha razões naturais. A queima de combustíveis fósseis, principalmente no Hemisfério Norte, onde se concentra a maior parte dos continentes e da população humana.
Observamos grandes incêndios florestais na Grécia, Canadá e Havaí. Fatores que impactam a circulação atmosférica e podem gerar chuvas torrenciais em outras regiões, como por exemplo na Itália, Califórnia, Índia…
Também tivemos um inverno com altas temperaturas no Hemisfério Sul, e chuvas torrenciais na região sul do Brasil.
A estação dos furacões começou, tivemos pelo menos três furacões com intensidade 3-4 no Havaí, na Califórnia e depois na Flórida. Mostra que a estação veio com antecedência e vai proporcionar um aumento das tempestades nas regiões equatoriais.
Estamos num período de incertezas até para os pesquisadores mais experientes. Os modelos têm mostrado erros nas simulações, pois os parâmetros utilizados apresentam valores muito acima dos dados utilizados anteriormente. Essa década dos Oceanos será também a década das tempestades.
As simulações do modelo GFS (www.wxmaps.org) indicam que sexta-feira teremos um ciclone se formando junto a costa do Rio Grande do Sul. Provavelmente subtropical, pois como vemos nas cartas de pressão ao nível do mar, o vórtice isolado entre as altas pressões subtropical e polar, deve rodar na retaguarda de sistema frontal, apresentando características de ciclone bomba.
Previsão das Ondas
Região Sul: Ondulação de sul entrou terça-feira, com o ciclone se afastado e a frente fria atuando entre os estados do sul e sudeste.
As chuvas intensas vão dar espeço para ventos intensos e frios do quadrante sul, depois sudoeste e na sexta de oeste, com uma circulação sob domínio da alta polar.
Nesta semana as condições favorecem os picos mais protegidos do vento sul. No Rio Grande do Sul, as plataformas de pesca de Tramandaí, Atlântida e Cidreira, e a praia da Cal em Torres. Em Sana Catarina, as praias da Galheta, Matadeiro, Barra da Lagoa, Silveira e Vila devem quebrar com ondas entre 1,5-2 metros e séries maiores.
As ondas com período curto 10-9 segundos não vão ficar muito acima de 2 metros, com vento local que deixa as condições de ressaca no litoral gaúcho e catarinense.
Quinta-feira pela manhã a ondulação vira para sudeste, enquanto o novo ciclone vai rodar junto a costa gaúcha gerando uma nova ondulação, com ressaca na quinta e sexta-feira.
Todavia, o ciclone subtropical vai abrir para o oceano aberto com vento terral na sexta-feira, proporcionando ondas grandes e boas no próximo fim de semana com ondulação de sudeste e vento terral.
Essa ondulação de sul vira rapidamente para sudeste e não dura muito tempo, visto que a alta subtropical volta a dominar, gerando ondas de sudeste/leste.
Região Sudeste: A ondulação de sul vai passar bem rápida nesta quarta, virando para sudeste na quinta e para leste na sexta.
A costa capixaba se mantém com ondas boas de sudeste/leste e pouco vento nesta semana, isso devido à alta subtropical que está impedindo as frentes firas de avançarem mais ao norte.
As tempestades vão ser rápidas, isto é, com pouca duração, embora com muita intensidade, favorecendo as condições dos quadrantes sudeste e depois leste.
Nesta quarta, teremos ondas boas de sul, no litoral de São Paulo e Rio de Janeiro, com pouca influência de vento local, mas com vento. Quinta e sexta-feira devemos ter as melhores condições. Mas sexta-feira à tarde o modelo está prevendo vento terral forte.
A ondulação roda rápida, portanto, praias de sul na quarta, de sudeste na quinta e de leste na sexta feira. Itamambuca e Ubatuba no litoral norte de São Paulo; e Prainha, Itacoatiara e Saquarema no litoral do Rio de Janeiro, devem ser os melhores picos para esta ondulação
Região Nordeste: A ondulação de leste/sudeste continua trazendo ondas boas e constantes. O turno da manhã, sempre com menos influência de ventos locais, vai apresentar melhores arrebentações.
Esse El Niño tem sido muito generoso com a costa nordeste; ondas ficam a semana inteira com altura significativa variando entre 1,5 a 2 metros.
A altura significativa das ondas fica em 1,5 metros com séries maiores, isso porque o período curto das ondas entre 8-9 geralmente está associado às ondas menores e o mar mais picado, sem muita pressão.
Na sexta-feira, a ondulação cresce de leste, mostrando que a alta subtropical volta a dominar a circulação atmosférica sobre o Oceano Atlântico Sul.
No litoral de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, a ondulação de leste/sudeste vai entrar com ondas entre 1-1,5 metro provavelmente até sexta.
Região Norte: A ondulação de Leste se mantém com 0,5 a 1 metro durante esta semana, período curto na faixa de 8-10 segundo, subindo e descendo durante o dia conforme a direção e intensidade dos ventos na região.
Nada especial para a região norte, pois as tempestades tropicais na Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), ainda passam com pouca energia na direção do Caribe.