O último dia da temporada de pesca da tainha foi duplamente bom para os surfistas catarinenses.
Primeiro, porque com o fim da pesca da tainha os surfistas podem novamente ter a liberdade de surfar em todas as praias da região; e depois porque no último dia 15 de julho um consistente swell de Sudeste encostou na costa catarinense, proporcionando boas ondas em muitos dos picos que quebram com vento Sul. O resultado? Canoas no rancho e surfistas na água.
Essa última temporada da tainha foi a pior safra de todos os tempos. Os pescadores mataram pouquíssimo peixe e muitas praias de Santa Catarina passaram dois meses proibidas para o surf (e todos os esportes aquáticos) para nada.
Os pescadores proibem o surf, porque alegam que os surfistas espantam o peixe. Agora, passamos dois meses com os surfistas fora da água e pudemos ver que não é o surfistas que espanta o peixe, e sim a pesca industrial.
Hoje, pela primeira vez, se fala na coerente ideia de se implementar um período de defeso da tainha para que a espécie possa se reproduzir e novamente ser uma riqueza para os pescadores artesanais. A ideia é boa, afinal a cada ano temos visto menos tainha em nosso litoral e 2012 foi um ano bem crítico para a pesca artesanal. Se os pescadores adotarem um ano sabático, sem pescar, é bem provável que as tainhas voltem a se reproduzir em grande quantidade.
Mas enfim, por ironia do destino, o último dia da temporada da tainha proporcionou condições épicas em uma famosa máquina de ondas da região. A temporada foi aberta com chave de ouro e com altas ondas.
Onde fica essa onda? Quem conhece, sabe. E quem não sabe, fica na curiosidade.
Fonte SurfOnLine