Devido a um comentário de um camarada na academia, decidi passar alguns dias em El Salvador antes de partir ao México.
Segundo ele, o pais era irado, as ondas perfeitas, constantes, com pouco crowd e em uma semana eu conseguiria pegar boas ondas.
Isso foi o suficiente para me convencer, sem contar o fato de El Salvador ser uma das escalas do voo para o México e, com isso, em vez de parar por algumas horas, resolvi para por alguns dias sem custo para a mudança.
Chamei alguns amigos que toparam na hora. Ícaro Ronchi saiu de Floripa e me encontrou no Rio um dia antes do voo e Raoni Silva nos encontrou no aeroporto do Galeão numa segunda-feira (27/6), às 5 da manhã.
Tirando a ridícula regulamentação de cobranças de prancha da companhia Taca, deu tudo certo. Chegamos a El Salvador no mesmo dia que saímos do Rio, e em trinta minutos de taxi do aeroporto estávamos em La Libertad, cidade onde fica a onda de La Punta, considerada por todos aqui a melhor do país.
Rapidamente encontramos um hotel e a nossa única exigência era o ar condicionado. Sem dúvida El Salvador é um dos países mais quentes em que já estive em toda minha vida.
Tirando os momentos que estávamos no quarto com ar ligado, suamos o tempo todo, inclusive na água.
No primeiro surf, na mesma tarde em que chegamos, a viagem já valeu a pena.
Surfamos sozinho a onda de La Punta, uma direita muito perfeita para manobras e que, segundo alguns locais, proporciona altos tubos em dias maiores. Surfamos até escurecer e saímos da água sem acreditar em tudo aquilo.
Um detalhe inconveniente foi a molecada que surfa no pico. Todos eles te pedem tudo: strep, bermuda, quilhas, prancha, etc. O problema é que são vários moleques e todos eles te pedem pelo menos dez vezes cada um.
Depois de alguns dias surfando La Punta, as ondas baixaram consideravelmente e fomos buscar outras ondas como El Tunco e Quilometro 59, que funcionavam com menos swell.
Nos divertimos com boas marolas nos últimos dias até a chegada da data de partida para os famosos tubos de Puerto Escondido!