Redes de pesca

Ministério Público pressiona prefeitos gaúchos

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Reunião discute demarcação das áreas de surf e pesca nos municípios do litoral Norte do Rio Grande do Sul. Foto: Xandão / Ondasdosul.com.br.

Na última sexta-feira (7/8), Luiz Carlos Ziomkwiski, sub-procurador geral do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, esteve reunido com Associação dos Municípios do Litoral Norte (AMLINORTE), em reunião que contou com a presença de todos os prefeitos do litoral Norte do estado.

Foram discutidas as obrigações dos municípios de colocarem em prática a demarcação das áreas de surf e pesca em seus municípios sob fiscalização da brigada militar.

Segundo Luiz Carlos, é inaceitável que os prefeitos, sendo os maiores interessados no turismo de suas regiões e como pais de família, ainda não tenham se unido para evitar a morte de jovens em redes de pesca, um problema que só acontece no Rio Grande do Sul, somando 48 vítimas em 26 anos.

Celso Barbosa, prefeito de Xangri-lá, afirmou que em seu município a solução foi encontrada através da doação de um bote aos pescadores, os quais revezam o equipamento para pesca em mar aberto e não utilizam mais a pesca de cabo por ser menos lucrativa que a de bote.

Celso também informou que será realizada uma festa com a participação de surfistas e pescadores em Xangri-lá, onde, segundo ele, não há mais conflitos.

Orlando Carvalho, presidente da FGS, e o deputado Sandro Boka informaram que serão confeccionadas cartilhas com campanhas do tipo “não surfe em dias de ressaca”, campanha já praticada pelo site OndasdoSul desde o ano passado.

Falou também que os locais definidos para surf deverão ter no mínimo 2100 metros e que serão respeitados pelos surfistas, independente de sua localização em cada município.

Beto Pires, prefeito de Cidreira, falou que a demarcação é muito importante e que em Cidreira a área de 1500 metros é mantida reservada ao surf tanto no inverno quanto no verão, mesmo que ainda a legislação hoje defina apenas 400 metros.

Foi uma reunião histórica, com a presença do Ministério Público, o qual, a partir deste momento, irá fazer parte desta luta para que não haja mais vítimas e que conflitos entre pescadores e surfistas não mais existam.

Esperamos que a demarcação em comum acordo entre surfistas e pescadores seja realizada o quanto antes, que ambos fiquem satisfeitos e que a vida acima de tudo seja preservada.

 

Fonte Ondas do Sul