O forte vento que soprou com mais de mais 80 km/h no fim da madrugada danificou seriamente a estrutura da terceira etapa do Circuito Santista de Surf. A competição aconteceria nesta sexta-feira (21) no Quebra-Mar, praia do José Menino, e nem chegou a ser iniciada. O novo período de espera por boas ondas é de 15 a 21 de janeiro, no mesmo local.
Para Lázaro Zeferino, da organização, lidar com as condições apresentadas pela natureza faz parte do dia a dia dos surfistas, por isso os atletas compreenderam. “Se na segunda etapa, ontem (20), tudo correu muito bem, nesta não tivemos a mesma sorte. O mais importante é que não houve risco nenhum nem para atletas, nem para o público e nem staff do evento”, ressalta.
Na quinta-feira, com sol, calor, ondas pequenas e bem formadas, a segunda etapa foi realizada com sucesso. Cerca de 80 atletas participaram em oito categorias, das quais duas já definiram campeões: longboard, com Carlos Bahia, baiano radicado em São Sebastião, e stand up, com Juninho Oliveira, de Bertioga.
Como o foco principal do circuito são as categorias de base, a longboard e a stand up foram incluídas apenas nesta etapa para prestigiar essas modalidades que são muito difundidas na cidade. Para vencer nos pranchões, Bahia teve que derrotar na final três santistas: Alexandre Béllio, que ficou em quarto; Adriano Teco, em terceiro; e o experiente Picuruta Salazar, que terminou em segundo.
“Foi uma final de alto nível, com atletas acostumados a disputar campeonatos internacionais, por isso estou muito contente com o resultado”, disse o campeão, que elogiou a organização da prova. “Muito legal saber que o circuito santista está com essa estrutura. Isso é importante para o surgimento dos novos talentos”, conclui. Bahia ainda disputou na stand up, o surf com remo, mas a vitória ficou com Juninho Oliveira, de Bertioga, talento da nova geração da modalidade que mostrou muita radicalidade.
Nas categorias de base, dois atletas de Praia Grande se deram bem: Gustavo Giovanardi, na mirim (até 16 anos) e Gabriel Nieba, na júnior (até 18 anos). O destaque santista foi Noa Portes, que venceu na iniciante (até 14 anos) e disputou outras duas categorias, longboard e mirim, mas não obteve o mesmo êxito. Já entre os mais jovens, Theo Shimidt, de São Vicente, foi o campeão da petit (até 10 anos) e Davi Jihad, de Itanhaém, faturou a estreante (até 12 anos). Entre as meninas, a vitória foi de Rafaela Teixeira, de São Sebastião.
Terceira etapa A terceira e decisiva etapa tem período de espera por boas ondas no Quebra-mar de 15 a 20 de janeiro, quando serão definidos os campeões das seis categorias base e de uma categoria extra, a máster, para surfistas com mais de 35 anos.
O evento é realizado pelo Núcleo Metropolitano de Esporte e Cidadania (Numec) e Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude. É homologado pela Associação Santos Surf e Federação Paulista de Surf. Conta com o apoio da Surf Trunk e da Prefeitura de Santos através da Secretaria de Esportes (Semes) e da Fundação Pro-Esporte (Fupes).