O Brasil está no topo do mundo e João Chianca é o cara. Com a classificação para as oitavas de final e a derrota de Jack Robinson no Round 3 do Pro Bells Beach, o surfista ultrapassou o australiano e assumiu a liderança no ranking. O único que ainda pode sair da etapa na frente dele é Filipe Toledo, outro também classificado para a fase dos 16 melhores da competição masculina. Gabriel Medina, Yago Dora, Michael Rodrigues e Tatiana Weston-Webb também seguem vivos na competição.
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O segundo dia de ação foi realizado em condições difíceis para o surfe, com ondas de 8 a 12 pés de face no Bowl de Bell e vento lateral forte. Neste domingo (9) foram realizadas as baterias da repescagem, além das disputas da terceira fase masculina.
João Chianca começou e terminou muito bem a primeira bateria do Round 3 para superar o havaiano Ezekiel Lau. As disputas da fase foram realizadas de forma simultânea e com duração de 45 minutos, cada.
O brasileiro surfou a primeira onda do duelo aos três minutos. João abriu a apresentação com uma batida forte, chutando a rabeta por cima do lip. Depois rasgou com pressão e bateu na crista espumada. A performance valeu 7.67 pontos.
Enquanto Ezekiel não conseguiu encostar no placar, João melhorava seu somatório. O brazuca marcou 4.00 pontos na segunda onda, 4.50 na terceira e 5.27 na quarta. O havaiano começou a reagir na sua quinta direita, que valeu 5.83.
Ezekiel chegou perto da virada quando restavam 17 minutos. Ele executou um cutback, depois fez duas manobras poderosas, uma rasgada e uma batida. O havaiano necessitava de 7.12 pontos e marcou 6.93.
O havaiano fez nova tentativa de virada quando faltavam menos de sete minutos para o término da bateria. Ele foi com tudo para uma junção, mas errou. O havaiano precisava de 6.02 pontos para vencer. Logo ele pegou outra onda, mas novamente não trocou nota.
João deu o golpe final a menos de dois minutos do fim. O brazuca fez duas rasgadas potentes, além de um ataque forte à junção. Ele adicionou 6.27 pontos ao somatório e eliminou Ezekiel, que está em situação delicada para se manter na elite. O havaiano chegou na Austrália em 32º lugar no ranking que classificará apenas os 22 melhores para a segunda metade do circuito.
“Não está fácil lá fora, então só fiquei focado na minha estratégia, de tentar pegar várias ondas”, disse João Chianca. “O bom é que a primeira que eu surfei foi muito boa e me deixou um pouco mais tranquilo. Eu fiz um treino antes de começar o campeonato e não consegui surfar quase nada. Então, na bateria queria pegar as melhores ondas que entravam na bancada e estou feliz que deu certo. Por outro lado, é difícil não pensar nos caras que podem não passar do corte. Eu vivi isso no ano passado e sei como é. Mas, é preciso separar essa parte emocional para fazer o meu trabalho, que era seguir em frente”.
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A queda de Jack – João acumulou pontos suficientes para ultrapassar Jack Robinson na liderança do ranking, mas o australiano ainda entraria na água. Ele participou da nona bateria do Round 3.
O vencedor da triagem, o também aussie Xavier Huxtable, começou anotando 5.50 pontos. Jack só entrou em ação na segunda metade do confronto. Ele atuou duas vezes, conquistou as notas 4.00 e 6.07 pontos e assumiu a liderança. Porém, Xavier deu o troco rapidamente. Quando restavam 15 minutos ele surfou, e abriu a atuação com um layback poderoso. O surfista ainda conseguiu rasgar e atingir a junção. Com a nota 7.00 ele pulou para o primeiro lugar.
Jack tentou responder, porém caiu na primeira manobra. Pior pra ele que Xavier colocou mais 6.43 pontos no somatório. Jack ficou com dez minutos para conseguir a nota 7.36 e avançar. Ele só atuou mais uma vez, voltou a cair da prancha e se despediu da competição em 17º lugar.
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Filipe de olho na liderança – Jack caiu de primeiro para o segundo lugar no ranking. O australiano pode cair mais no ranking. Para isso acontecer, Filipe Toledo precisa repetir o resultado do ano passado: vencer a etapa. Se isso acontecer ele pode até assumiu a liderança, porém João não pode passar das oitavas.
Filipe deu outro passo rumo ao bicampeonato do Pro Bells Beach. Neste domingo ele virou pra cima do australiano Morgan Cibilic nos minutos finais da bateria válida pelo Round 3.
A quinta bateria da fase foi fraca de ondas. Tanto Filipe quanto Morgan tiveram dificuldade em achar direitas com potencial para notas altas. A bateria de 45 minutos chegou nos últimos 10 com Filipe na frente, tendo como melhor nota 4.67 pontos. Na apresentação ele bateu forte, fez uma rasgada alongada e deu outra pancada pensando em superar a seção, porém a onda fechou.
Na necessidade de 4.34 pontos para vencer, Morgan entrou em ação e quase tomou a liderança do brasileiro. O australiano fez uma rasgada com grande amplitude, mas errou o ataque à junção. Ele marcou 3.50 e passou a precisar de 3.51.
Filipe ficou com a prioridade, mas deixou Morgan surfar quando restavam cinco minutos. O australiano não perdeu a oportunidade e assumiu a primeira posição com 4.93 pontos. O brasileiro passou a necessitar de 3.77 para vencer.
O brazuca se manteve tranquilo e atuou quando faltavam 20 segundos. O campeão mundial começou a apresentação com uma rasgada forte, depois fez duas curvas em direção a espuma e acertou a junção. A performance valeu 4.60 pontos e a uma vaga nas oitavas de final. Morgan, que entrou no evento no lugar do lesionado Miguel Pupo, terminou o Pro Bells Beach na 17ª posição.
“Na verdade, o mar está bem difícil e foi uma batalha competir nessas condições”, lamentou Filipe Toledo. “Acho que não estamos preparados para competir em condições como essas. O tamanho das ondas está bom, só que a formação bem ruim por causa do vento. Mas, confiança é tudo e fui na fé. Já estou há 10 anos no Tour, então sei o que preciso fazer em qualquer situação. Eu gosto das ondas daqui, minha família está aqui comigo dessa vez e tenho me divertido bastante nesses dias sem competição na Austrália”.
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Melhor brasileiro no dia – O melhor brasileiro no dia foi Yago Dora. Ele foi o autor das quatro maiores notas da sétima bateria do Round 3. O brasileiro teve uma atuação segura de backside, conseguindo atacar com força as partes mais íngremes das direitas. Foi assim que ele marcou 5.83 pontos na primeira atuação. No decorrer da bateria ele colocou mais 6.67 no somatório. Na performance Yago executou três rasgadas, uma com bastante força, e ainda fez um ataque feroz na última seção. Alguns minutos depois ele melhorou ainda mais sua situação na disputa (5.90).
O australiano Dylan Moffat tinha como melhor nota 5.50 pontos e precisava de 7.07 para vencer. Ele conseguiu diminuir a diferença com 5.80, mas não conseguiu chegar no brasileiro. Yago ainda deu mais um duro golpe no aussie. Quase no final o brasileiro executou uma rasgada e uma pancada com muita potência numa direita da série. A atuação valeu 8.50 pontos, a segunda maior nota do dia, e assegurou a vitória.
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Medina vivo na Austrália – O tricampeão mundial Gabriel Medina também segue vivo no Pro Bells Beach. Neste domingo o brasileiro deu mais um passo na tentativa de sua primeira vitória na etapa. Pela terceira fase ele não foi brilhante, mas venceu sem sustos o havaiano Barron Mamiya.
A melhor atuação de Medina na disputa aconteceu aos 30 minutos. Ele surfou uma direita da série, bateu escalando o lip e foi surfando a onda até a junção, parte da direita que ele bateu com força. A performance valeu 5.67 pontos. Com a atuação ele deixou Barron na necessidade de 7.17 para vencer.
Medina surfou mais quatro ondas até o final do confronto, porém não trocou de nota. Barron diminuiu a diferença no placar com 3.83 pontos, sua melhor atuação na bateria, porém perdeu na necessidade de 6.84 pontos. O brasileiro venceu com as cinco maiores notas do duelo.
“As condições estão bem difíceis. Eu tentei achar as ondas boas, mas acabei pegando qualquer uma que vinha pra mim”, disse Gabriel Medina. “Foi importante avançar nessa rodada. Parece que as condições vão melhorar e eu só quero achar ondas com parede boa para surfar. Eu fiquei com o Owen (Wright) no mar e adoro ver ele surfar, mas infelizmente não conseguiu passar. O Ethan (Ewing) é um ótimo surfista e eu sei que preciso pegar as melhores ondas contra ele. Mas, estou me sentindo bem, minhas pranchas estão boas, então estou preparado”.
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Duelo brazuca – A 11ª bateria do Round 3 masculino do Pro Bells Beach reuniu pela terceira vez no ano Michael Rodrigues e Italo Ferreira. Ao contrário do que aconteceu nas duas vezes anteriores, Michael venceu. Com o resultado ele garantiu vaga nas oitavas de final e ganhou força na luta contra o corte do meio de temporada da WSL.
Os dois atletas ficaram muito ativos, porém escolhiam ondas que não ofereciam muitas oportunidades de manobras fortes. A história começou a ser escrita nos últimos 7 dos 45 minutos de bateria. Italo usou a prioridade naquele momento, executou uma rasgada potente, outra menos expressiva, um cutback e uma forte pancada na junção. A performance valeu 5.33 pontos e deixou o adversário na necessidade de 6.06 para vencer.
Quatro minutos depois foi a vez de Michael usar a prioridade. Enfim ele achou uma onda mais limpa e com seções em pé. O surfista abriu a apresentação com uma rasgada, seguida de outra numa seção cheia da onda. Depois a direita levantou e ele bateu duas vezes com força. A atuação valeu 6.33 pontos e a liderança da bateria.
Uma série apareceu nos minutos finais. Italo entrou numa direita e executou três manobras, porém, segundo os juízes, ele dropou após o toque da buzina que marca o término de confronto.
Michael perdeu na terceira fase das três etapas anteriores. Ele chegou na Austrália em 27º lugar no ranking e precisa de bons resultados para se manter na elite.
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Tati supera repescagem – O Brasil também está nas oitavas de final femininas do Pro Bells Beach. Tatiana Weston-Webb teve um bom início de duelo. A brasileira executou uma forte batida numa onda da série. A expressiva manobra valeu 5.33 pontos. Aos quatro minutos ela voltou a surfar. Tati colocou mais 4.27 no somatório com uma rasgada curta numa parte mais cheia da direita, além de uma batida embaixo do lip.
Até aquele momento a francesa Johanne Defay não tinha achado ondas boas, e a australiana Tyler Wright ainda não tinha entrado em ação. A aussie atuou logo depois da metade da disputa de 35 minutos. Ela fez duas rasgadas invertendo a direção da prancha, além de um cutback entre elas, e anotou 7.67 pontos. Tati e Johanne também surfaram, mas não garantiram notas boas.
A australiana tomou a liderança da brasileira quando restavam seis minutos. Tyler executou quatro vezes a manobra cutback e conquistou 5.23 pontos. Tati passou a necessitar de 7.58 para vencer. A brasileira foi em busca da nota, mas as duas rasgadas que fez valeram apenas 4.33. Tyler venceu e avançou com Tatiana. Johanne, que ficou fora das três etapas anteriores devido a uma fratura no pé direito, foi eliminada da competição.
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Baixas brasileiras – Além de Italo Ferreira, o Brasil perdeu Samuel Pupo e Caio Ibelli neste domingo no Pro Bells Beach. A primeira baixa aconteceu na segunda bateria do Round 3. Samuel Pupo começou melhor e estava em melhor sintonia com Bells do que o adversário, Matthew McGillivray.
O brasileiro chegou na metade do confronto com 4.17 e 5.00 pontos como as melhores notas da bateria. O sul-africano tinha apenas 0.87 no somatório. Matthew entrou no jogo quando restavam 16 minutos. Ele executou uma batida forte, além de uma escalada, um cutback e outra batida. Com a nota 5.27 ele passou a precisar de 3.90 para vencer.
A virada aconteceu quando restavam cinco minutos. Matthew executou um cutback, além de uma rasgada e uma batida forte. Ele passou pra liderança com 6.50 pontos, e deixou Samuel na necessidade de 6.77 para se manter vivo na etapa.
Perto do fim o brasileiro foi para o tudo ou nada. Ele acertou um layback na junção e comemorou. O tempo de bateria chegou ao fim sem a divulgação da nota. Três dos cinco juízes deram a virada, porém a nota 6.60 não foi suficiente e ele se despediu do evento.
Caio Ibelli se despediu da etapa na 13ª bateria. O vencedor foi o francês Maxime Huscenot. Caio não entrou em sintonia com o pico australiano. Ele surfou um total de sete ondas, mas não conseguiu passar da casa dos 3 pontos. Ao contrário dele, Maxime achou direitas com potencial e acertou ataques agressivos.
Depois de duas ondas fracas, Maxime começou a se ajustar ao pico. Aos 19 minutos ele anotou 4.83 pontos depois de fazer alguns manobras, sendo uma batida e um layback as mais expressivas. Sete minutos depois ele subiu o nível. O francês executou um layback, depois conectou com o inside e bateu numa junção grande. A nota foi 7.50.
O caminho de Caio, que já era complicado, ficou ainda pior quando restavam 12 minutos. Maxime executou quatro manobras, colocou mais 6.00 pontos no somatório e deixou o brasileiro na necessidade de 9.63 para vencer. Caio ainda tentou a virada, mas ficou longe do que precisava e se despediu do Pro Bells Beach.
Melhor do dia – O surfista autor das maiores marcas do domingo no Pro Bells Beach foi Griffin Colapinto. O atual quinto colocado no ranking fechou o dia de disputas conquistando duas notas no critério excelente (8.67 e 8.33) e o somatório de 17 pontos.
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Owen perde e se aposenta – Owen Wright se despediu do circuito mundial com a 17ª posição no Pro Bells Beach. O medalhista de bronze nas Olimpíadas de Tóquio, e vencedor de quatro eventos do CT, foi convidado pela WSL para o evento australiano para dar adeus às competições. Após vencer pela primeira fase, neste domingo (9) ele competiu pelo Round 3 e perdeu para o conterrâneo Ethan Ewing.
Ethan surfou apenas duas ondas na bateria de 45 minutos, porém marcou 8.00 pontos na segunda atuação e complicou o caminho do adversário. Owen estava num bom ritmo, porém as notas 6.33 e 5.33 não foram suficientes para se manter vivo na etapa.
Owen Wright foi campeão em etapa do CT nos locais de Nova Yorque (2011), Fiji (2015), Gold Coast (2017) e Taiti (2019).
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Pro Bells Beach 2023
Round 2 Masculino
1 Liam O’Brien (AUS) 15.17 x Ezekiel Lau (HAV) 9.16 x Callum Robson (AUS) 8.07
2 Barron Mamiya (HAV) 11.93 x Maxime Huscenot (FRA) 9.77 x Rio Waida (IDN) 8.94
3 Kelly Slater (EUA) 12.00 x Connor O’Leary (AUS) 10.74 x Carlos Muñoz (CRI) 10.40
4 Matthew McGillivray (AFR) 13.33 x Ian Gentil (HAV) 13.24 x Jake Marshall (EUA) 9.97
Round 3
1 João Chianca (BRA) 13.94 x 12.76 Ezekiel Lau (HAV)
2 Matthew McGillivray (AFR) 11.77 x 11.60 Samuel Pupo (BRA)
3 Ethan Ewing (AUS) 13.83 x 11.66 Owen Wright (AUS)
4 Gabriel Medina (BRA) 10.67 x 7.33 Barron Mamiya (HAV)
5 Filipe Toledo (BRA) 9.27 x 8.43 Morgan Cibilic (AUS)
6 Jordy Smith (AFR) 9.33 x 8.50 Seth Moniz (HAV)
7 Yago Dora (BRA) 15.17 x 11.30 Dylan Moffat (AUS)
8 Jackson Baker (AUS) 13.67 x 11.16 Leonardo Fioravanti (ITA)
9 Xavier Huxtable (AUS) 13.43 x 10.01 Jack Robinson (AUS)
10 Connor O’Leary (AUS) 15.73 x 11.76 Nat Young (EUA)
11 Michael Rodrigues (BRA) 10.10 x 9.83 Italo Ferreira (BRA)
12 John John Florence (HAV) 15.83 x 9.50 Kolohe Andino (EUA)
13 Maxime Huscenot (FRA) 13.50 x 7.44 Caio Ibelli (BRA)
14 Ryan Callinan (AUS) 14.37 x 12.60 Ian Gentil (HAV)
15 Kanoa Igarashi (JAP) 13.93 x 10.43 Kelly Slater (EUA)
16 Griffin Colapinto (EUA) 17.00 x 11.10 Liam O’Brien (AUS)
Oitavas de final
1 João Chianca (BRA) x Matthew McGillivray (AFR)
2 Ethan Ewing (AUS) x Gabriel Medina (BRA)
3 Filipe Toledo (BRA) x Jordy Smith (AFR)
4 Yago Dora (BRA) x Jackson Baker (AUS)
5 Xavier Huxtable (AUS) x Connor O’Leary (AUS)
6 Michael Rodrigues (BRA) x John John Florence (HAV)
7 Maxime Huscenot (FRA) x Ryan Callinan (AUS)
8 Kanoa Igarashi (JAP) x Griffin Colapinto (EUA)
Round 2 Feminino
1 Caitlin Simmers (EUA) 9.66 x Kobie Enright (AUS) 6.30 x Brisa Hennessy (CRI) 5.50
2 Tyler Wright (AUS) 12.90 x Tatiana Weston-Webb (BRA) 9.66 x Johanne Defay (FRA) 5.57
Oitavas de final
1 Caitlin Simmers (EUA) x Isabella Nichols (AUS)
2 Caroline Marks (EUA) x Macy Callaghan (AUS)
3 Molly Picklum (AUS) x Sophie McCulloch (AUS)
4 Bettylou Sakura Johnson (HAV) x Sally Fitzgibbons (AUS)
5 Carissa Moore (HAV) x Kobie Enright (AUS)
6 Tyler Wright (AUS) x Gabriela Bryan (HAV)
7 Tatiana Weston-Webb (BRA) x Courtney Conlogue (EUA)
8 Stephanie Gilmore (AUS) x Lakey Peterson (EUA)