O Instituto Gabriel Medina fechou as portas em Maresias, São Sebastião (SP). Inaugurado em 2017, O local foi esvaziado na semana passada, sem sinal de que alguma atividade ainda ocorre no imóvel.
O site oficial também encontra-se fora do ar. A última postagem do Instagram @institutogm10 aconteceu no dia 26 de julho de 2020, enquanto diversos seguidores questionam a falta de atividade na página.
O objetivo do Instituto era promover educação e esporte para crianças carentes, inclusive com aulas de surfe, além de fazer doações de cestas básicas e patrocinar atletas. O projeto começou com trinta e oito crianças, de 10 a 16 anos. O terreno foi construído em 336 m2 em frente à Praia de Maresias, onde Gabriel Medina cresceu.
O Instituto ajudou na formação de diversos talentos do Litoral Norte (SP), como Gabriel Klaussner, Murillo Coura, Caio Costa, Heitor Cavalcante, Caco Reis, Carol Bonelli, Daniel Adisaka, Pedro Dib, Louisie Frumento, Maju Freitas, dentre outros.
Além da formação de jovens, o Instituto promovia competições para fomentar o surfe local e também auxiliava surfistas portadores de necessidades especiais. Foram realizados intercâmbios com atletas e especialistas nas áreas de educação-física e saúde do Brasil e do exterior.
O Instituto era presidido por Simone Medina, mãe do Gabriel. Em declaração à Folha de São Paulo, ela alegou que a decisão partiu do filho.
“Ele (o Gabriel) era o dono do instituto, e eu apenas a presidente, afinal levava o nome dele, enquanto eu trabalhava voluntariamente. Aliás, Gabriel exigiu que eu e Charles (marido de Simone, padrasto e ex-treinador de Gabriel) renunciássemos aos cargos, e nos proibiu de usar seu nome e imagem”, disse.
Até o momento da publicação desta matéria, Gabriel Medina não deu declarações sobre o fechamento do Instituto.
Estrutura completa
Junto aos treinos específicos de surfe, os atletas contavam com uma grande e moderna estrutura, planejada para os treinos, com piscina, academia, laboratório para aulas de tecnologia, auditório para aulas de idiomas, palestras e vídeos sobre surfe.
Os alunos também recebiam alimentação, atendimento médico e odontológico e ações extras como apneia e media training. De acordo com moradores de Maresias, atualmente o local encontra-se esvaziado e abandonado no local.
