A disputa pela eleição da próxima diretoria da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) ganhou novos capítulos na última semana.
De acordo com fontes ligadas ao Waves, o lendário carioca Ricardo Bocão será um dos candidatos à presidência da entidade. A chapa teria ainda o pernambucano e ex-Top da elite mundial Paulo Moura como vice.
Ainda segundo as informações obtidas pela nossa reportagem, Bocão tem os apoios de Guilherme Pollastri e Geraldo Cavalcanti, que deixaram o grupo que tem Jojó de Olivença como candidato e seguiram um novo caminho.
Pollastri é o atual vice-presidente da entidade. Desde 2018, ele trava uma batalha judicial com o presidente Adalvo Argolo para afastá-lo do cargo, alegando administração temerária e falta de conhecimento sobre a forma como o gestor administra os recursos públicos federais.
Recentemente, Guilherme Pollastri havia anunciado a candidatura para ser vice-presidente na chapa com Jojó. Agora, na chapa de Bocão, vai concorrer ao cargo de diretor executivo. Já Geraldo Cavalcanti era candidato ao cargo de diretor de torneios e evento.
A redação do Waves tentou contato com Ricardo Bocão, Paulo Moura e Geraldo Cavalcanti na manhã desta segunda-feira (24). Procurado, Bocão informou que não poderia falar naquele momento. Já Cavalcanti respondeu por WhatsApp, dizendo que entraria em contato posteriormente. Por telefone, pouco depois da publicação da reportagem, o dirigente confirmou as especulações, mas disse que a chapa só será oficializada quando a data da eleição estiver definida.
Via Instagram, também depois que a reportagem já estava publicada, Paulo Moura explicou que não poderia fazer nenhuma declaração oficial pelo fato de as eleições não estarem marcadas, mas que “seria uma honra poder representar o Nordeste e, principalmente, os atletas, na diretoria da CBSurf, em uma reestruturação do surfe brasileiro”.
Também entramos em contato com Jojó de Olivença, na manhã do último domingo (23). Pelo WhatsApp, o ex-Top do Circuito Mundial informou que sua chapa ainda vai se pronunciar oficialmente sobre as mudanças.
A eleição está prevista para ocorrer em dezembro, mas, devido a uma brecha no estatuto, pode acontecer apenas no próximo ano, depois dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que foram adiados em virtude da pandemia da Covid-19. No estatuto, consta que as eleições “serão realizadas a cada quatro anos, no último semestre do quarto ano, após a realização dos jogos olímpicos”. Até o momento, a data não foi divulgada pela entidade.
Texto modificado às 15:20h desta segunda-feira.