O mar de Santa Catarina deve continuar agitado entre hoje e amanhã devido a passagem do ciclone Yakecan, que levou ventos de mais de 100 km/h à região Sul do Brasil. A previsão é de que sejam formadas ondas de até cinco metros de altura no litoral Sul e na Grande Florianópolis, segundo alerta emitido pela Defesa Civil do estado.
As condições devem ser intensificadas pela combinação da tempestade com a chamada maré de sizígia, provocada pela lua cheia, que ajuda na formação de ondas maiores. No litoral Norte do estado, elas devem ter picos de 2,5 metros.
As últimas horas na região Sul também foram marcadas por neve, sensação térmica negativa e incidentes causados pelos fortes ventos levados pelo Yakecan, que destelharam um hospital em Tramandaí (RS) e tombaram um caminhão na Serra do Rio do Rastro (SC).
Imagens feitas por uma testemunha registraram o veículo tremendo até virar completamente. Segundo a Polícia Militar Rodoviária do estado, a estação meteorológica da corporação registrou ventos de 157 km/h na região, na altura do município de Bom Jardim da Serra.
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Em relação ao frio, o recorde negativo ficou com São José dos Ausentes (RS), que registrou – 2°C nos termômetros, com sensação térmica de – 20°C, segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A cidade também teve queda de neve na madrugada de hoje, assim como Cambará do Sul, na Serra Gaúcha, e alguns municípios de Santa Catarina, como Urupema, São Joaquim e Urubici.
Apesar das belas fotos tiradas em meio à neve, o cenário extremo causou transtornos na região, com estradas fechadas, aulas suspensas e mais de 200 mil pessoas sem luz – o que se manteve hoje, após mais de 12 horas dos problemas na distribuição de energia.
Morro das Pedras é monitorado
Região que sofre com a erosão, o Morro das Pedras, em Florianópolis, é monitorado pela Defesa Civil do município. Na manhã desta terça, equipes estiveram no local para avaliar a situação.
Conforme Alexandre João Vieira, gerente de operações do órgão, no momento não há risco de erosão no local neste momento. Os técnicos seguem avaliando a condição do local.
No ano passado, 14 moradores foram notificados por risco de desabamentos em função da erosão provocada pela ressaca. Uma contenção foi montada pelos moradores para impedir a ação do mar.